Os Cantos da Terra

Nós bebemos de várias fontes ao longo da vida. Aprendemos de vários lugares com várias pessoas sobre o que é a vida, o que é o amor ou o desamor. Aprendemos ofícios, desenvolvemos habilidades, adquirimos conhecimentos mas ainda assim, em nossa experiência, por mais talentos e capacidades que possamos desenvolver, alguns de nós bebem mais da fonte do amargor, enquanto outros da sabedoria, e outros ainda da gratidão. O que quero dizer neste texto é que não importa quem você seja, qual sua origem ou descendência, não importa o que você sabe fazer, ou o que fez para a sociedade, importa apenas qual o espírito que te levou a ser quem é, a fazer o que faz, a andar por onde anda. Ou seja, qual sua real motivação? E o que você realmente transmite a quem está a sua volta ou com quem cruza na caminhada? Eu sou professora de canto, ensino as pessoas a cantarem, sigo métodos, sou pedagógica, tento retirar o que há de melhor de dentro de cada aluno. Mas o que eu, em meus contatos semanais com estes...

No Name Existem no mundo muitas pessoas que trabalham com arte e música. Mas elas não tem nome. São anônimos, simples trabalhadores que almejam um dia serem reconhecidos como artistas, desejam encontrar a oportunidade perfeita para se tornarem perante a sociedade como verdadeiros profissionais da música, e então chegarem ao climax de suas carreiras. Tão corridas, sofridas e esquecidas no anonimato de uma vida inteira de dedicação em estradas da vida, escolas de música, ao longo de eventos sociais, bares, restaurantes, e demais palcos possíveis. E nessas idas e vindas da vida, não ganha-se muito mas na maioria das vezes dá para viver, compra-se carro, roupas legais, tira férias, ás vezes passa perrengue, mas sorri, canta, pula, chora, vive momentos onde a arte é o combustível, o alimento e o alento. Faz-se amigos, inimigos, perde momentos em família, feriados, mas ganha-se olhares esperançosos, marejados, emocionados, encantados. E a sensação de ganhar fãs é impar, recompensadora, estim...

  O mundo moderno nos faz crer que somos produtos, empresas, precisamos de boas relações, bons comportamentos sociais, sem esquecer de que podemos negociar e lucrar a qualquer momento.  Desta forma nos congelamos, fazendo de conta que não somos humanos passiveis de erros, e quando erramos entramos em colapso. Pois como um produto necessitamos da perfeição genérica.  Entretanto sigo por uma caminho que não me decepciona, por mais arduo que seja: Eu trabalho com arte, trabalho com vida, alegria, sonhos, esperança.  Trabalho com emoções à flor da pele, com desejo, força e motivação.  E trabalho com paz, amor, paixão, intensidade. Pois se não for assim, se não sentir assim, não se faz arte e não se tem vida.  Assim vou absorvendo que cada detalhe faz diferença, cada olhar capta um detalhe, cada ser sente de uma distinta forma.  Então, se eu tiver energia em minha arte, ela fará impacto e se não tornar o mundo todo melhor, tornará ao menos aquele isolado mo...