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Mostrando postagens de julho, 2020

Conhece-te a ti mesmo

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Estudar técnica vocal para mim sempre foi uma oportunidade de auto-conhecimento. Reconheci ao longo dos anos os limites do meu corpo, da minha voz, do meu emocional, da minha capacidade cognitiva e do meu "eu artístico". Usar a voz para trabalhar, pode mexer com nosso ego, auto-estima pois, exige dedicação, cuidados, concentração.    Neste trajeto já chorei, sorri, gritei, muitas vezes gritei... E quase desisti. Ás vezes confundo quem sou com a persona cantante dentro de mim e ás vezes até me esqueço dela. Muitas vezes senti que dói "mexer" na voz, é um ponto alto da nossa identidade, mas que pode doer mais abandoná-la. E para quem pensa que o caminho do auto-conhecimento é prazeroso... É cheio de dores, pesado mas estranhamente, algo lá no fundo gera uma grande satisfação. Embora, estudos e mais estudos só nos mostrem que não sabemos de nada. Então, quanto mais ansiedade por saber, menos oportunidade para fazer.  Depois de passar por várias fases eu chego num lugar...

Arte para que?

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     Sigo numa sequência de postagens onde pretendo discorrer sobre o significado e os efeitos da palavra arte na sociedade.  Não obstante, meu maior interesse seja, levar o interlocutor deste blog a repensar seus conceitos sobre o tema traçando uma ponte com o cotidiano e explanando assim a relevância deste pensamento no mundo atual, onde as músicas, os filmes, os espetáculos e os livros tem sido alento para muitos corações isolados.      Abaixo um interessante material do talentoso colega o professor e artista Leonardo Nickson em que explica de maneira bela e compreensiva o que é e para que serve a ARTE.

Somos todos artistas

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Nosso corpo é uma engenharia complexa e organizada onde cada célula dentro de nós desempenha um papel. Entretanto, nossa complexidade vai além da máquina aparentemente perfeita que somos, mecanicamente falando o que já é um grande absurdo. Existem programações articuladas instaladas em nós e o fato de desenvolvermos habilidades ao longo da vida, alguns já nascem com estas, junto a possibilidade de aprender e aperfeiçoar é incrível. Dotados de capacidades diversas nós, emocionalmente, só temos condições de investir energia e tempo em algum projeto pessoal ou desenvolver habilidade, desde que sejamos, de alguma maneira, impactados por aquilo. Nossa racionalidade é completamente impulsionada e influenciada pelos sentimentos que geramos e manifestamos. Nisso observamos: quão ainda mais é engenhoso ser um humano. Assumindo o controle desta máquina podemos afirmar: todos somos artistas, protagonistas de nossa própria história, compondo-a dia-dia como quem cria uma obra de arte, ao passo que ...

Qual nossa verdadeira voz?

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Conforme o título, outra pergunta que não cala na minha cabeça... Sabemos que o que somos é fruto de uma construção a qual estamos sujeitos desde que nascemos, conforme somos expostos as ocorrências vamos sendo moldados pela vida. E no meio de tudo isso, está o desenvolvimento da voz... Basicamente a utilizamos para exprimir pensamentos, sentimentos, sensações e comunicação. Recebemos a influência da carga genética e da própria convivência com quem nos cria tendo como resultado nosso timbre, impostação vocal, projeção e respiração enquanto falamos.  Mas, vamos refletir: qual a relação que temos com a essa voz?  No meu caso, sempre exigi muito da minha, aprendi a cantar antes de falar,  na escola me esmerava em apresentar bem um trabalho diante da classe, e na adolescência não  temia a necessidade de opinar sobre algo. Mais tarde ao estudar técnica, eu precisava atingir todas aquelas notas com a qualidade que eu mesma definia. Deste modo, concluo que tive uma relação ...

Sobre mim, sobre o Blog.

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Vez em quando ponho-me a pensar sobre o que eu faria da vida além de cantar... Sempre me vi trabalhando com música de alguma maneira. Desde muito cedo, por influência familiar, aprendi a cantar desenvolvendo meu canto ao longo do tempo por paixão, com ou sem propósito definido. Estudar levou-me a compartilhar esse aprendizado o que por fim, me impôs mais uma missão além de cantora: ser professora. Mas em meio aos avanços do meu desenvolvimento artístico/musical, uma pergunta jamais se calou em mim: e se um dia eu não pudesse mais falar, o que faria sem minha voz? E a minha resposta por vezes era que simplesmente vivemos um dia de cada vez e fazemos o nosso melhor neles...  Sim! O melhor! E qual seria o meu se não pudesse mais cantar? Voltava a indagar. Bem, ainda posso, ufa! Ainda ensino e amo demais porém, nunca quis que minha vida ficasse ligada à apenas isso como fio de sustentação da minha sanidade, das minhas escolhas, dos meus afazeres, enfim. Algo lá dentro me diz constantem...